domingo, 16 de maio de 2010

Oficina dos Menestréis - Lendas e Tribos


Bem... Eu tenho uma regra muito clara para mim mesmo quanto às publicações do meu blog: eu só escrevo aquilo que vi...

Contudo, vou fazer uma prazerosa exceção ao divulgar com antecedência o espetáculo de uma querida amiga, Mariana Lacanna, que é integrante do grupo de teatro Oficina dos Menestréis, conhecido por seus musicais de elocução original e pelos significativos projetos de inclusão social e formação cidadã.

Estou falando do musical Lendas e Tribos!

Este musical está comemorando 10 anos em cartaz na cidade de São Paulo.


Fazendo as palavras do site do grupo as minhas, o musical por meio de lendas nacionais e universais, 50 menestréis, contadores de histórias e uma banda musical, constroem um painel sobre tribos de todos os tempos, com muita sátira, músicas e coreografias.Lendas de sereias, fadas, gnomos, bruxas e a encenação de tribos urbanas, formadas por hippies, rappers, clubbers, surfistas e mauricinhos, estão a serviço de um musical que propõe uma reflexão diante da diversidade humana e é caracterizado pelo humor e encantamento visual.


O espetáculo ficará em cartaz durante o mês de junho no Teatro Dias Gomes:

Rua Domingos de Moraes, 348 – Vila Mariana.
Informações: (11) 5575-7472 / informações@oficinadosmenestreis.com.br

Caso queiram comprar os ingressos com mais antecedência, a própria Mari pode providenciá-los:
(11) 8019-6647 / marilmendes@gmail.com


Bom espetáculo a todos e merda para você Mari!

FunHouse


É incrível o arranjamos para fazer quando nos propomos a aceitar todo o tipo de convite...

Quando acordei pela manhã na sexta-feira passada, jamais imaginei que acabaria virando a noite em uma casa cujo especial da festa era passar a noite toda, numa balada de luz negra, vestido com camiseta branca e canetinha hidrográfica que brilhava sob o efeito da luz, para ficar desenhando uns aos outros...

Que lugar é esse?

FunHouse, uma baladinha (e quando digo baladinha é por que é pequenininha mesmo) montada em um sobrado dos anos 40, cujo nome foi inspirado em uma casa em Detroit onde nos anos 60, Iggy & The Stooges passavam horas divertindo-se com sua música, até então pouco divulgada, onde 10 anos depois tornou-se o conhecidíssimo gênero punk.

Sem dúvida nenhuma considero a casa como uma balada alternativa e talvez seja exatamente o que os proprietários da FunHouse querem que percebamos... Eles não se especializam em um estilo ou suas vertentes... Para tanto, durante toda a noite tocou todo o tipo de música, mas todo tipo mesmo, de funk carioca, passando pelo rock, até chegar à Lady Gaga...

No andar de cima, há um lounge onde, para dar um tempo da pista, você pode se sentar enquanto ouve uma música escolhida por você mesmo na jukebox da casa.

A única coisa que achei muito fraco foi a variedade de bebidas e cocktails (e os poucos que haviam, eu diria que chegavam a ser bizarros)... Deixou muito a desejar e acabei me contentando com cerveja mesmo, que em compensação estava geladíssimamente gostosa.

Se você querir ao lugar diferente, dar um tempo dessas casas mais sofisticadas ou que seguem mais à risca as tendências, a FunHouse é o lugar certo para isso.

FunHouse
Rua Bela Cintra, 567Consolação
Telefones: (11) 3259-3793 / 3151-4530

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ballet Stagium


Na minha opinião, uma das melhores coisas de se viver em uma cidade como São Paulo é a quantidade de coisas que se tem para fazer mesmo que seja de última hora...

Domingo passado, acompanhei minha mãe em um espetáculo de dança, que não fazia parte de meus planos para o dia, mas que acabou se tornando uma boa surpresa e um agradável fim de noite...

Estou falando do Ballet Stagium, cuja apresentação pude conferir no Sesc Vila Mariana.

A companhia paulistana foi fundada em 1971, com um elenco de 14 bailarinos, com foco na discussão da dança como instrumento fundamental para o processo sócio-educativo. Para tanto, matem projetos voltados para a rede de ensino público, espetáculos temáticos em espaços escolares e trabalhos com crianças e adolescentes...

O Ballet Stagium tem se destacado por utilizar vertentes universais de dança com aspectos típicos da cultura brasileira e por mostrar suas produções em diversos espaços físicos, não se limitando ao espaço convencional do teatro. Com repertório de mais de 70 coreografias, já ganhou vários prêmios e ainda teve temporadas no país e no exterior.

O espetáculo que assisti consistiu-se em duas apresentações, Coisas do Brasil e Choros.

A primeira apresentação foi Choros, cuja coreografia explora as possibilidades de interpretação através da linha melódica saltitante do choro e da madeira contra-pontada com que os instrumentos de sopro, violão e cavaquinho. Em outras palavras, é a interpretação do samba através da dança. É uma apresentação bastante leve e alegre onde se pode ver o talento dos bailarinos ao transformar as composições de Pixinguinha, Waldir Azevedo, Cartola, entre outros em passes de dança.

A segunda apresentação ficou por conta da irreverente revisão crítica da nossa sociedade em Coisas do Brasil. Num cronológico desfilar de quadros, da época do descobrimento aos dias atuais, a obra retrata personagens distintos, como nobres da corte, jesuítas, escravos, reis e índios... Um aviso: não espere nada de cunho político ou maus dizeres sobre o capitalismo, desigualdades e etc... A crítica apresentada pelo espetáculo está focada na cultura brasileira e de como ao longo do tempo, costumes e crenças se misturaram até formar a cultura riquíssima que temos atualmente. Ou seja, tão leve quanto a primeira apresentação, a proposta de Coisas do Brasil e fazer com que você saia do espetáculo sentindo-se bem por fazer parte de um país como o Brasil...

O Ballet Stagium infelizmente não está mais em cartaz no Sesc Vila Mariana, contudo, vale a pena entrar no site da companhia e ver quais e onde serão os próximos espetáculos.

Ballet Stagium
http://stagium.com.br/home_port.cfm

domingo, 9 de maio de 2010

Estrada Velha de Santos

Para variar um pouco dos assuntos que tratam sobre baladas e artes, achei interessante comentar sobre esta fabulosa trilha, que fiz em maio de 2009: Trilha Monumentos Históricos – Caminhos do Mar.

Não sabe do que estou falando? Sabe sim... Mas provavelmente conhece esta trilha como a Estrada Velha de Santos...

Esta trilha está localizada no Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Utinga Pilões, entre os municípios de São Bernardo do Campo e Cubatão.

De acordo com o guia Trilhas de São Paulo – Conhecer para Preservar, sua extensão são de 9 km e a média de tempo para percorrer a trilha são de 3 horas (dobre valores caso pense em fazer o retorno pela trilha), como esta trilha é só descida, seu perfil altitudinal inicia-se em 745 m e termina em 276 m.
A trilha é autoguiada, com a presença de monitores em pontos estratégicos e monitorada para grupos em horários previamente agendados.

Eu lembro que fiquei muitíssimo satisfeito ao constatar que eu ia fazer esta trilha, pois até então estava tendo uma dificuldade enorme para conseguir informações sobre ela. Na realidade, eu a percorri graças ao Sesc do Carmo, que sempre organiza passeios como este.

A Estrada Velha de Santos possui um diferencial muito legal: além das paisagens naturais muito bonitas, a trilha conta valores históricos muito ricos.

A exemplo de tais valores, posso citar o Pouso Paranapiacaba: construído em 1922, era ponto de parada de carros durante a vigem pelo Caminho do Mar e homenageia a era automobilística. É um ponto maravilhoso da trilha, onde em tempo aberto é possível ver a Baixada Santista... Aliás, Paranapiacaba é uma palavra de origem indígena que significa local onde se vê o mar.

Outra atração na trilha construída nos anos 20 são as ruínas de uma casa, que provavelmente abrigou funcionários e trabalhadores durante a construção dos Monumentos do Caminho do Mar.


Dentre as construções mais antigas, o que sem sombra de dúvida mais se destaca é a Calçada do Lorena, onde tivemos a oportunidade de percorrer um trechinho bem pequenininho dela, uma amostra grátis eu diria. Aberta no fim do século XVIII, possuía 50 km de extensão e ligava Santos a São Paulo (na época, 1792 mais precisamente, ano em que a estrada foi concluída, a Calçada do Lorena reduzia em 20% o tempo de viagem do litoral até São Paulo). Foi por ela também que em 1822, D. Pedro I subiu em direção a São Paulo, vindo a proclamar, a 7 de setembro, a Independência do Brasil.


Pudemos conferir também o Belvedere Circular, de 1922 e marca o primeiro cruzamento da Calçado do Lorena com a Estrada Caminho do Mar. Ponto de parada e mirante da paisagem local, hoje coberta pela vegetação.


O último ponto histórico da trilha é o Rancho da Maioridade, também construído em 1922, era outro ponto de descanso e reabastecimento durante a viagem entre São Paulo e Santos. Seu nome é uma alusão à Estrada da Maioridade de 1846, em homenagem à maioridade de D. Pedro II.


Quer um saber algo interessante? Sabia que existe uma estreita relação entre a Calçada do Lorena, a Estrada da Maioridade e a Rua Vergueiro?
A Calçada do Lorena foi a primeira abertura de uma estrada na mata que recebeu pavimentação de pedra, permitindo o tráfego de mulas, reduzindo do tempo de viagem para São Paulo dois dias. Ao ser dada conta que o estreito caminho não atendia mais à demanda que crescia, partes da Calçada foram readaptadas e outras partes novas foram construídas, surgindo então a Estrada da Maioridade onde se permitiu o tráfego de carruagens. Com o tempo, caiu no abandono e em 1864 a Estrada da Maioridade passou por uma grande reforma e passou as ser chamada de Estrada do Vergueiro...
Percebeu onde isso vai dar? Para encurtar a história, a Estrada do Vergueiro não só ainda existe como utilizamos uma parte dela (já que outras foram fragmentadas ou compõem trechos de outras estradas) – conhece a Rua Vergueiro? Pois é... Se você a acha grande hoje em dia, imagine no século XVIII...

Esta trilha é um passeio agradabilíssimo, fonte de lindas paisagens e história de nosso país.

Não precisa ser nenhum expert em trilhas, pois o caminho todo é pavimentado, tomando-se apenas um cuidado a mais quando se está na Calçada do Lorena, pois com o tempo, as pedras se tornaram bem escorregadias.

Bom passeio!

Trilha Monumentos Históricos – Caminhos do Mar
Km 42 da Rodovia SP-148
Tel. (11) 3333 – 7666

sábado, 1 de maio de 2010

Boteco a la francesa


Aproveitando o fato de estar gastronomicamente inspirado, falarei um pouco sobre um botecozinho (se é que posso chamá-lo assim) na região do Itaim Bibi, o Bardot...

Já tinha ouvido falar do lugar, mas somente esta semana conferi pessoalmente o que o botecobistrô (assim chamado por eles próprios) tinha a oferecer, por conta de um evento da empresa onde trabalho.

A grande sacada deste bar é a congruência entre a sofisticação da gastronomia francesa com o nosso tradicional boteco. Estranho? Pedante? Não! De forma alguma! Especialidades como Rã à Provençal, Bolinho de Arroz Preto, Steak Aperrô e Parmentier de Pato são algumas das especialidades que são servidas em forma de porções, na proporção exata para quem aprecia deleitar-se com sabores diferenciados.


Os drinques merecem igual destaque. São bastante criativos, tendo para todos os gostos... Influenciado pelo personagem, cheguei a pedir um drink chamado Bond (Absolut vodka, Grand Marnier, suco de tomate e extrato de romã), mas era forte demais para mim e fiquei mesmo foi na champagne – rsrsrs...

O ambiente do Bardot é maravilhoso... Très chic avec une touche dépouillé, como diriam talvez - piso de pastilha estilo dama e paredes com madeira envelhecida, além da área externa cujo deck é feito de madeira cumaru.

O Bardot não é só comida e ambiente, seu repertório musical é tão bom quanto as outras atribuições já descritas... Segundo eles, o Bardot tem ingredientes nobres como o jazz e a bossa nova misturados a elementos eletrônicos resultando no melhor easy-listening para o happy hour – de fato é bastante agradável.


O Bardot é assim... um brasileiríssimo boteco com um sotaque a la francesa.

Bardot

Rua Clodomiro Amazonas, 260 - Itaim Bibi
Tel: 3168-9988
e-mail: bardot@botecobardot.com.br

Hi-Fi Bar


Já fazia um tempo que não escrevia sobre baladas, portanto estou dando uma atualizada sobre o assunto...

A casa escolhida desta vez foi a Hi-Fi, uma balada sofisticadinha, localizada em um dos pontos mais nobres de São Paulo, entre a Berrini e o shopping Cidade Jardim.

Foi até curioso como conheci o lugar. Estava organizando minha festa de aniversário e iria, como sempre, fazê-lo em um restaurante ou em um barzinho onde fosse mais agradável bater um papo... Foi então que recebi o “convite” por e-mail do Hi-Fi para celebrar meu aniversário lá... Resolvi experimentar e certamente não me arrependo da escolha!



A balada, cujo nome é inspirado no drink homônimo à base de vodka e refrigerante de laranja é um lugar excelente! O projeto inspirado na moda retrô é super original, além da estrutura da casa em si, que me chamou muita a atenção: são quatro andares de diferentes ambientes sendo o último um terraço onde é possível tomar um drink de modo mais tranqüilo, dando um tempo no agito da pista...

Por falar em agito, este fica por conta dos DJs que fazem as apresentações ao vivo, com um repertório que vai desde os clássicos do rock, passando pelos anos 80 e 90, até aos hits mais atuais, sendo que estes seguem o que há de mais novo no cenário da música eletrônica mundial (opinião de um amigo que realmente entende e estuda música).

O atendimento dos barmens é muito bom e a cozinha agrada bastante – os lanches e aperitivos são saborosos, na medida certa, sem exageros e excentricidades.

Quem costuma ir sabe bem do que estou falando e para quem não conhece, deixo mais uma sugestão que se experimentar, certamente vai gostar tanto quanto eu.

Hi-Fi Bar

Rua Osvaldo Casimiro Muller, 46 - Brooklin
Tel: (11) 5505-1999
Site Oficial: www.hi-fi.art.br