domingo, 20 de junho de 2010

Parece improvisado, mas não é...


Sexta-feira passada foi mais um dia de conhecer as diversões noturnas que tem pela cidade de São Paulo, e a vez noite foi a baladinha criada por ex-funcionários do Milo Garage, a Neu (leia nói – novo em alemão).

Geralmente, baladas alternativas costumam ser menores e mais simples do que as casas convencionais, mas, eu nunca vi nada igual à Neu! Ela é um sobrado, cuja estrutura principal foi pouquíssima alterada. Não entendeu o que eu quis dizer? Pois explico melhor: ao cruzar por sua discreta entrada, é possível perceber logo de cara que a balada não passa de um quintal e a pista é a sala de visita... A decoração é quase inexistente, se não fosse algumas luzinhas nos cantos das paredes e um globo de espelhos que espalha difusos pontinhos verdes vindos de um discreto laser da escala.

Mas uma coisa eu digo, se acham que eu não gostei do lugar, estão completamente enganados!

Apesar da simplicidade do lugar, eu me diverti bastante não só pela companhia de meus amigos, mas pela galera bonita que freqüenta o local, sempre disposta a fazer um bom social... Com já dizia Carolina Giovanelli, da Veja São Paulo, o clima é de festa entre amigos.

A música não fica atrás! A casa tem como especialidades os gêneros de rock, indie e música brasileira alternativa.

Não há bebidas excêntricas, mas há o bastante para sair satisfeito: alguns bons (e conhecidos) drinks, além de cervejas de boas marcas.

Uma dica muito importante é levar dinheiro, pois, cartões não são aceitos.

Neu
Rua Dona Germaine Burchard, 421 - Água Branca

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Um Brasil com brasileiros de verdade...


Bandeiras que tremulam ao vento hasteadas com orgulho em prédios e carros... Pessoas andando soberbas pelas ruas com as cores que os identificam como pertencentes a uma nação... Todos saem de seus trabalhos como se fosse feriado de dia santo... No trânsito caótico, é possível sentir a vibração da ansiedade no ar “será que vai dar tempo?”.

De que estou exatamente falando? Sentimento patriótico?

Não aqui neste país... No Brasil, para muitos, usar verde e amarelo só pode significar uma coisa: Copa.

Ok, ok... Talvez esta será uma das publicações mais negativamente criticadas pelas pessoas que lêem este blog, até por não ser muito fã do esporte, torno-me suspeito, mas peço humildemente para que leia este texto até o fim.

A questão aqui é o porque das coisas. Por que este sentimento de união só acontece em época de Copa do Mundo? Por que temos orgulho de sermos brasileiros somente quando a Seleção marca um gol?

Eu realmente acho uma infelicidade existir um país tão rico em cultura e recursos naturais como o nosso, com uma população que em boa parte subestima essa grandeza.



Quero deixar bem claro que não estou criticando a Copa (que é um evento espetacular, devo acrescentar), estou objetando a falta de comprometimento de grande parte dos brasileiros com outros assuntos como consciência política e cidadania, por exemplo...



As pessoas não se respeitam! Vizinhos não se cumprimentam. No trânsito... Poucos são os que se salvam. Filas? Esperto é aquele que a fura... E por aí segue.

A população tolera aberrações políticas cujo bordão é “rouba mas faz”, “nunca antes neste país”, “relaxa e goza”, “estupra mas não mata” ou casos como aloprados, mensalão, dinheiro na cueca...

É como se as pessoas não desse o devido valor para o que realmente importa, para o que devemos realmente acreditar.

E a quem devemos culpar? A nossa educação? A conformidade? A falta de tempo porque trabalhamos demais? A falta de informação?

Eu acredito que a culpa é do desinteresse e de como nossa atenção é desviada facilmente...

Querem um exemplo? Que os céus me perdoem, mas lembram-se do caso da Isabella Nardoni (acho que a mídia ainda não colocou nada suficientemente sensacionalista a ponto de apagar isso da memória, certo?)? Sem dúvida nenhuma o caso foi lamentavelmente chocante, mas, repararam no tamanho da comoção que isso gerou? Estava nos jornais, revistas e canais de televisão... E o mais espantoso: um número incontável de pessoas assistiu ao julgamento, acompanharam inclusive do lado de fora do tribunal. O frisson do momento era a sede por justiça, com direito a uivos e fogos de artifício.

Agora eu pergunto: por que não é assim quando um político corrupto é julgado? Quando nossos direitos são negados ou quando sofremos algum tipo de prejuízo – seja como indivíduos ou povo?

Imaginem como seria no caso do político embusteiro...

Por mais que existissem lacaios do tal corrupto no seu julgamento, imaginem a pressão do povo como seria... Vossa Excelência teria de ser louco o suficiente para absolvê-lo... E assim, um a um, ladrão a ladrão, expulsaríamos a banda podre da política que jurou defender as causas do povo e não o contrário...

E no que devemos acreditar então?

Bem, de todos os males o menor, afinal, o fato que aqui modestamente exponho é a realidade de uma maioria e não a de uma totalidade!

E é inspirado nessa parcela de pessoas, que um dia ainda será a maioria, que devemos é acreditar no nosso potencial como um Brasil sério, cujo futuro é agora... Vamos sim ter sede de bola e vibrar com um gol, mas vamos também sentir orgulho de ser um país que, por conta de suas dimensões continentais, abriga uma vastidão de belezas naturais e uma diversidade cultural incomparável, se regozijar de ter uma economia que será uma das maiores do mundo, sentir orgulho de nossas marcas que invadem o mercado internacional com nossas exportações, comemorar a conquista que foi a ascensão de uma nova categoria de consumidores que deixaram a pobreza para trás, jamais permitir lambanças diplomáticas como a que vimos os últimos tempos, lutar por uma educação que não seja uma cartilha cujo principal propósito é dizer sim.

Não vamos ser verde e amarelo somente a cada quatro anos... Sejamos enfim, brasileiros de verdade todos os dias!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Tribunal

Fotografia: Tati Campelo - blog Gastronomia e Fotografia


Não, não, não... Não é o tribunal com o qual a maioria está habituada a ouvir falar...

Estou falando do Tribunal Bar, um simpático barzinho localizado na Vila Madalena, bem próximo ao Fórum. Estive lá neste último domingo para comemorar o aniversário de uma amiga de longuíssima data...

O ambiente é aconchegante, com garçons bastante atenciosos e a comida em geral (entre os petiscos e lanches) é boa, apesar de outros lugares já terem me impressionado mais...

O grande lance desse bar na realidade é a cerveja! Sim! Diferente de muitos lugares que exploram o consumidor com valores altos, no Tribunal, Boêmia e Original são vendidas a R$ 3,90!

É uma ótima opção para happy hour num local muito legal, gastando pouco e facílimo acesso (não são nem 5 minutos de carro do metrô Vila Madalena).

Tribunal Bar
Rua Jericó, 15 – Vila Madalena
Tel: 11 3031-7311

sábado, 12 de junho de 2010

Talco Bells




“Talco sob os pés e puro soul sobre a pista. Mensalmente encontre a glória em uma pândega memorável. Apenas o mais poderoso som negro dos anos 60 [...]”

Preciso eu... Este mero blogueiro que vos escreve dizer mais alguma coisa?

O trecho que abre esta publicação foi tirada do blog dos organizadores do evento que, para mim é foi dos mais divertidos e originais que conheci recentemente, o Talco Bells.

Realizado todo o mês, e nesta última edição no Hotel Cambridge, o evento é uma balada cuja inspiração vem do soul dos anos 60 e, como o trocadilho sugere, é jogado na pista talco para poder dançar e deslizar a vontade...

A galera é bonita e bastante animada, além do próprio Cambridge, que uma atração à parte: diferente das baladas que na maior pare das vezes se resumem a luzes e paredes pintadas de preto, a decoração tem todo o cuidado que um bom hotel deve ter (acho muito legal esse contraste entre a arquitetura antiga – que sugere certa sofisticação – do local com algo tão espontaneamente contemporâneo como o Talco Bells).


Vale muito a pena ir e se deliciar nestapândega memorável.

Como eles mesmos dizem: vá, ou arrependa-se...

Fique por dentro de quando será o próximo:
http://www.talcobells.blogspot.com/

Alley Club


Cansado das baladas da Rua Augusta?

Entre as alternativinhas fora da região da Bela Cintra - Augusta, a Alley Club, eleita pelos leitores do jornal Folha de S. Paulo como o melhor novo clube de 2009, é sem dúvida uma boa pedida.

O som da casa possui uma programação baseada no indie rock – está certo que logo que cheguei estava rolando mais Beyonce e Lady Gaga do que outra coisa, mas depois fizeram jus ao estilo que proclamam ter...

A estrutura da balada em si não possui muitas extravagâncias, mas não deixa de ter seu charme: a pista possui um pé direito baixo, o que não é muito comum, mas proporcionou uma boa acústica ao lugar, além do andar superior, cujo lounge possui grandes janelas que dão para a linha de trem que passa atrás da balada (muito original).
Quanto aos drinks, os atendentes são muito atenciosos e a variedade de bebidas é satisfatória – deu até para saborear uma Guinness, o que nesta baladas alternativas não é lá muito comum...


Alley Club

Avenida Barra Funda, 1066 - Barra Funda
Fone: (11) 3666-0611