quinta-feira, 17 de junho de 2010

Um Brasil com brasileiros de verdade...


Bandeiras que tremulam ao vento hasteadas com orgulho em prédios e carros... Pessoas andando soberbas pelas ruas com as cores que os identificam como pertencentes a uma nação... Todos saem de seus trabalhos como se fosse feriado de dia santo... No trânsito caótico, é possível sentir a vibração da ansiedade no ar “será que vai dar tempo?”.

De que estou exatamente falando? Sentimento patriótico?

Não aqui neste país... No Brasil, para muitos, usar verde e amarelo só pode significar uma coisa: Copa.

Ok, ok... Talvez esta será uma das publicações mais negativamente criticadas pelas pessoas que lêem este blog, até por não ser muito fã do esporte, torno-me suspeito, mas peço humildemente para que leia este texto até o fim.

A questão aqui é o porque das coisas. Por que este sentimento de união só acontece em época de Copa do Mundo? Por que temos orgulho de sermos brasileiros somente quando a Seleção marca um gol?

Eu realmente acho uma infelicidade existir um país tão rico em cultura e recursos naturais como o nosso, com uma população que em boa parte subestima essa grandeza.



Quero deixar bem claro que não estou criticando a Copa (que é um evento espetacular, devo acrescentar), estou objetando a falta de comprometimento de grande parte dos brasileiros com outros assuntos como consciência política e cidadania, por exemplo...



As pessoas não se respeitam! Vizinhos não se cumprimentam. No trânsito... Poucos são os que se salvam. Filas? Esperto é aquele que a fura... E por aí segue.

A população tolera aberrações políticas cujo bordão é “rouba mas faz”, “nunca antes neste país”, “relaxa e goza”, “estupra mas não mata” ou casos como aloprados, mensalão, dinheiro na cueca...

É como se as pessoas não desse o devido valor para o que realmente importa, para o que devemos realmente acreditar.

E a quem devemos culpar? A nossa educação? A conformidade? A falta de tempo porque trabalhamos demais? A falta de informação?

Eu acredito que a culpa é do desinteresse e de como nossa atenção é desviada facilmente...

Querem um exemplo? Que os céus me perdoem, mas lembram-se do caso da Isabella Nardoni (acho que a mídia ainda não colocou nada suficientemente sensacionalista a ponto de apagar isso da memória, certo?)? Sem dúvida nenhuma o caso foi lamentavelmente chocante, mas, repararam no tamanho da comoção que isso gerou? Estava nos jornais, revistas e canais de televisão... E o mais espantoso: um número incontável de pessoas assistiu ao julgamento, acompanharam inclusive do lado de fora do tribunal. O frisson do momento era a sede por justiça, com direito a uivos e fogos de artifício.

Agora eu pergunto: por que não é assim quando um político corrupto é julgado? Quando nossos direitos são negados ou quando sofremos algum tipo de prejuízo – seja como indivíduos ou povo?

Imaginem como seria no caso do político embusteiro...

Por mais que existissem lacaios do tal corrupto no seu julgamento, imaginem a pressão do povo como seria... Vossa Excelência teria de ser louco o suficiente para absolvê-lo... E assim, um a um, ladrão a ladrão, expulsaríamos a banda podre da política que jurou defender as causas do povo e não o contrário...

E no que devemos acreditar então?

Bem, de todos os males o menor, afinal, o fato que aqui modestamente exponho é a realidade de uma maioria e não a de uma totalidade!

E é inspirado nessa parcela de pessoas, que um dia ainda será a maioria, que devemos é acreditar no nosso potencial como um Brasil sério, cujo futuro é agora... Vamos sim ter sede de bola e vibrar com um gol, mas vamos também sentir orgulho de ser um país que, por conta de suas dimensões continentais, abriga uma vastidão de belezas naturais e uma diversidade cultural incomparável, se regozijar de ter uma economia que será uma das maiores do mundo, sentir orgulho de nossas marcas que invadem o mercado internacional com nossas exportações, comemorar a conquista que foi a ascensão de uma nova categoria de consumidores que deixaram a pobreza para trás, jamais permitir lambanças diplomáticas como a que vimos os últimos tempos, lutar por uma educação que não seja uma cartilha cujo principal propósito é dizer sim.

Não vamos ser verde e amarelo somente a cada quatro anos... Sejamos enfim, brasileiros de verdade todos os dias!

2 comentários:

  1. Sabe Irllan, vc me parece mto um futebolista, pq vive descendo a lenha... OHOHOHOHOHO

    Sim, essa é minha contribuição para a brasilidade. No final das contas, as pessoas escolhem a hora errada pra cuidar somento do próprio nariz, por preguiça de se meter na vida dos outros qdo o bem é comum.

    Blé

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